Uns dias atrás eu passei na frente da biblioteca pública
aqui de São Luís, estava fechada, por sinal. Eu lembro de várias vezes, que saí
de casa para fazer trabalho e encontrar com os amigos da escola. Falávamos o
assunto para a bibliotecária, que logo nos trazia alguns livros, sentávamos
numa mesa redonda e passávamos a tarde pesquisando, fazíamos o trabalho em
cartolina ou papel almaço. Depois do trabalho passeávamos pela redondeza, ou simplesmente
sentávamos na praça em frente e nos divertíamos.
A internet chegou e mudou isso, muitos jovens de vinte e
cinco anos pra baixo, nunca entraram numa biblioteca, a não ser as virtuais. Inúmeras
bibliotecas públicas fecharam e outras ficaram restritas as universidades. O acesso
a informação e a produção textual está muito mais fácil, sem sombra de dúvidas,
a internet facilitou a vida para os escritores, hoje em dia podemos publicar
livros de graça, basta ter acesso a internet.
O desenvolvimento virtual é um processo impossível de parar.
Eu mesmo quase não compro livros, os e-books são mais acessíveis e baratos. Os discos
de vinil e as fitas cassete são objetos de colecionadores, acredito que daqui
algum tempo, os livros também serão.
Milhares de escritores surgiram pelo mundo a fora, de todos
os tipos e em todas as especialidades e assuntos. Se por um lado a internet gerou
a extinção de inúmeras bibliotecas, por outro, possibilitou a execução de um
sonho para muitos – escrever um livro. Alguns autores chegaram a se isolar do
mundo para escrever, hoje em dia, quanto mais conectado, melhor são as chances
de produzir uma obra significativa.
Não sei afirmar o que vem por aí, mas se você leu esse texto
é graças a internet, que me permitiu transformar um sonho, numa atividade
corriqueira – escrever.
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