Quinze dias atravessando o atlântico, um treino, um jogo, um
gol, assim foi a campanha do Brasil em 1934 na Itália durante a 2ª Copa do
Mundo de Futebol, perdeu para a Espanha por 2x1. O Brasil tinha entrado nas
oitavas de final, fase eliminatória. Leônidas marcou o único gol brasileiro, o
mesmo que havia inventado o gol de bicicleta, retornou para casa frustrado.
Da mesma forma que aconteceu quatro anos antes, a rixa entre
os dirigentes e jogadores paulistas e cariocas, atrapalhou a escalação da
seleção brasileira. A intriga era tamanha, que jogadores do Palestra Itália
(atual Palmeiras), chegaram a ser escondidos durante vários dias.
As picuinhas não existiram apenas a nível nacional, o
Uruguai, atual campeão boicotou a copa em retaliação aos vários países
europeus, que se negaram a participar da primeira copa sediada em Montevideo em
1930. A Inglaterra se achava boa demais e também não participou da Copa de 34.
Preciso comentar sobre o primeiro brasileiro a marcar um gol
em uma copa do mundo, “Preguinho”, João Coelho Netto, filho do escritor
maranhense Coelho Neto, gol marcado quatro anos antes na Copa de 1930. Preguinho
era multi atleta, além do futebol disputou em mais sete modalidades esportivas
diferentes: natação, remo, pólo aquático, saltos ornamentais, atletismo, basquete
e vôlei. Ganhou mais de 50 títulos nessas modalidades, tendo recebido mais de
300 medalhas.
A 2ª Copa do Mundo foi um demonstrar de força por parte da
Itália, que vivia sob a ditadura de Benito Mussolini. Foram “incentivados” a
vencer ou sofrer as consequências, os jogadores italianos responderam bem
dentro de campo e literalmente, quebraram vários ossos de adversários em sua
saga ao primeiro título da Azzurra.
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