sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Música de Protesto




A música talvez seja a expressão artística mais antiga da humanidade e segundo a Bíblia, antes mesmo do mundo ser mundo, os anjos cantavam. É sabido também que não existe nenhum agrupamento humano, que não tenha desenvolvido sua própria cantoria ou estilo musical.

A postagem anterior, sobre o RAP americano demonstra a força da música dentro de uma cultura, foi levado da Jamaica mas tomou força nas periferias de Nova Iorque e logo espalhou-se por todo o país. O rei do rock, Elvis Presley. O rei do pop, Michael Jackson, mas não existe um rei do RAP, são vários. Ainda que as gravadoras lancem as músicas que vendem, são os rappers os multimilionários da mídia americana. São eles que cantam com “ritmo e poesia”, as verdades da existência negra e discriminada com tamanha resistência.

Por aqui não foi muito diferente, praticamente não existem traços da música indígena, nossa música foi trazida pelos europeus, somente a partir do século 19 que a música popular começou a tomar suas formas, a bossa nova, o samba, o forró e o sertanejo tomaram suas devidas proporções. E o Rap?

Não poderíamos esperar algo diferente, foram discriminados logo de cara. O RAP era música de bandido. Histórias como a de Tupac Shakur, que levou cinco tiros num assalto em Nova Iorque no início de sua carreira e morreu em 1996, baleado dentro do seu carro, fortaleciam o preconceito. Todavia, o RAP sempre foi uma música de protesto, “Tempos Difíceis” do Racionais MC’s, inicia o seu clip com uma mulher negra carregando seu filho, um bebê branco. Lançada em 1993 e desde então o rap nacional só cresceu em todos os segmentos, ainda que aqui não tenha a mesma força que o americano, a música de protesto não pode parar.

Vida longa ao RAP!





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