domingo, 26 de agosto de 2018

Rastro Cansaço Abraço


Bem que poderiam ser reais, os super heróis deveriam deixar rastros, poxa vida!

Na rota dos desesperados, os passantes do medo, os compradores do indevido, os vendedores de enganos, os roubadores de sonhos, os geradores de ameaças, os manipuladores da verdade, os visitantes das trevas, os possuidores da maledicência, deixam rastros de amargura, sangue, dor e engano. Não sei se o mal cresce com a criança ou a criança cresce com o mal, certo é que bem perto de você existe algum desses tipos que citei acima. Um olhar mais atento me permite dizer que o mal nos visita desde pequenos, assedia, convida, sensualiza e quando convence, vicia.

Caso fosse possível seguir os seus rastros dos últimos 10 anos, o que veríamos?

Um cansaço que persiste, o cansaço da mesmice, da maluquice, da inquietude, da intolerância, da inércia criativa, da falta de senso, do beijo sem gosto, do olhar vazio, da preguiça, do despreparo, do medo, da vã repetição, da palavra torpe, do pensamento imundo, da babaquice vendida tão fácil, do sonho americano, da ideia dos outros, esse cansaço sepulta a gana de levantar e correr para os braços de um desejado abraço, ou...

O abraço que afaga, protege e cuida, enobrece o caráter, pode não mudar a história que passou mas estimula a deixar rastros dignos de serem seguidos. Um abraço perdoador tem a eternidade de lembranças. O abraço de amor dura até o fim. O abraço carinhoso e gentil, encanta uma vida. Um abraço verdadeiro não cansa, quanto mais junto, melhor. Andar abraçado é ver os rastros se confundirem, se misturarem, se conhecerem, se descobrirem, se amarem.

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