Os dias
presentes refletem a lucidez do entendimento, sob análise da aprendizagem dos
dias passados. É a tomada de decisão entre o certo e o errado, mas o que é
certo e o que é errado? Perguntas assim nos deixam confusos, principalmente, num
mundo tão volúvel e desafiador. O que outrora era vergonhoso, hoje é feito as
claras e mais, são manifestações públicas com base no direito de alguns, que
precisam ser aceitos, complexo isso. Não vou entrar num tema específico para não
correr o risco de ser mal interpretado.
Por mais que
eu tente me esquivar de uma polêmica, até isso reflete um comportamento natural
de todos nós, a aceitação. Isso é claridade no entendimento de si mesmo, todos
querem ser aceitos e cada um tem sua forma. Viver o presente é isso, ser
aceito. Ser aceito em um trabalho, em uma relação, em um partido, em uma
equipe, em um esporte, em uma brincadeira, numa mesa de bar, em uma amizade,
até mesmo por estranhos, estamos na geração digital, nunca tantas pessoas
ACEITAM estranhos em suas vidas quanto agora, basta olhar o tanto de amigos em
sua rede social, quantos você nem sabe quem são, de onde vieram, ou pra onde
vão, mas estão lá e até curtem as suas postagens e interagem com você.
Quanto mais
lúcidos nós somos, mais assertivos deveríamos ser, engraçado que nem sempre é
assim. Nunca o conhecimento esteve tão fácil de ser adquirido, basta um clique,
porém, pegando o tema do momento, política, experimente conversar com alguém e
verá o tamanho da alienação. “Eu odeio política” é o que mais ouvimos, quando
falamos com um certo domínio sobre qualquer assunto, a reação é rejeição, as
pessoas olham para você com aquela expressão “quem é esse?” ou “quer se
aparecer”, voltamos ao assunto do parágrafo anterior, as pessoas mais parecidas
conosco serão aceitas mais facilmente.
Fonte |
Não é minha
prática prolongar os textos, assim, gostaria de caminhar em direção a conclusão
e dizer que sem lucidez não existe presente. Um caso que poucos conhecem é do
Hospital Colônia de Barbacena em Minas Gerais, o documentário logo abaixo. Ninguém
morre de loucura, perde-se a lucidez. Absoluta certeza que você conhece alguém
ou pelo menos já viu uma pessoa “desligada” do tempo presente por alguma razão
patológica.
No Hospital Colônia, morreram mais de 60 mil
pacientes e milhares tiveram seus corpos vendidos para faculdades de medicina
até o início dos anos 1980. O pior é que a realidade dos hospitais
psiquiátricos no Brasil inteiro não era muito diferente. Aquela brincadeira que
você ouviu “menino vou te internar”, foi a realidade de milhares, que nem
sempre tinham doenças mentais, mesmo assim, foram enviados para manicômios e
tiveram não apenas o tempo presente, mas o resto de suas vidas devassados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário