domingo, 30 de setembro de 2018

TIMELINE - Dias Presentes


Os dias presentes refletem a lucidez do entendimento, sob análise da aprendizagem dos dias passados. É a tomada de decisão entre o certo e o errado, mas o que é certo e o que é errado? Perguntas assim nos deixam confusos, principalmente, num mundo tão volúvel e desafiador. O que outrora era vergonhoso, hoje é feito as claras e mais, são manifestações públicas com base no direito de alguns, que precisam ser aceitos, complexo isso. Não vou entrar num tema específico para não correr o risco de ser mal interpretado.

Por mais que eu tente me esquivar de uma polêmica, até isso reflete um comportamento natural de todos nós, a aceitação. Isso é claridade no entendimento de si mesmo, todos querem ser aceitos e cada um tem sua forma. Viver o presente é isso, ser aceito. Ser aceito em um trabalho, em uma relação, em um partido, em uma equipe, em um esporte, em uma brincadeira, numa mesa de bar, em uma amizade, até mesmo por estranhos, estamos na geração digital, nunca tantas pessoas ACEITAM estranhos em suas vidas quanto agora, basta olhar o tanto de amigos em sua rede social, quantos você nem sabe quem são, de onde vieram, ou pra onde vão, mas estão lá e até curtem as suas postagens e interagem com você.

Quanto mais lúcidos nós somos, mais assertivos deveríamos ser, engraçado que nem sempre é assim. Nunca o conhecimento esteve tão fácil de ser adquirido, basta um clique, porém, pegando o tema do momento, política, experimente conversar com alguém e verá o tamanho da alienação. “Eu odeio política” é o que mais ouvimos, quando falamos com um certo domínio sobre qualquer assunto, a reação é rejeição, as pessoas olham para você com aquela expressão “quem é esse?” ou “quer se aparecer”, voltamos ao assunto do parágrafo anterior, as pessoas mais parecidas conosco serão aceitas mais facilmente.

Fonte
Não é minha prática prolongar os textos, assim, gostaria de caminhar em direção a conclusão e dizer que sem lucidez não existe presente. Um caso que poucos conhecem é do Hospital Colônia de Barbacena em Minas Gerais, o documentário logo abaixo. Ninguém morre de loucura, perde-se a lucidez. Absoluta certeza que você conhece alguém ou pelo menos já viu uma pessoa “desligada” do tempo presente por alguma razão patológica. 

No Hospital Colônia, morreram mais de 60 mil pacientes e milhares tiveram seus corpos vendidos para faculdades de medicina até o início dos anos 1980. O pior é que a realidade dos hospitais psiquiátricos no Brasil inteiro não era muito diferente. Aquela brincadeira que você ouviu “menino vou te internar”, foi a realidade de milhares, que nem sempre tinham doenças mentais, mesmo assim, foram enviados para manicômios e tiveram não apenas o tempo presente, mas o resto de suas vidas devassados.


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