Pense numa pessoa que você
considera inteligente. Agora, pense numa pessoa que você considera intelectual.
Talvez seja a mesma pessoa, entretanto, em alguns casos pode não ser. Isso é
possível porque nem toda pessoa inteligente é intelectual.
Sem entrar a fundo no
sentido etimológico, filosófico ou psicológico, inteligente é alguém portador
de inteligência(óbvio), enquanto o intelectual é “condecorado” pelo desenvolvimento
da inteligência, ou seja, é o mestre, o doutor ou pós doutor em alguma área.
O inteligente aprende
rapidamente a trocar uma tomada. O intelectual, conhecerá a melhor marca, o melhor
material, o tipo de fio, é possível que saiba de qual hidrelétrica ou
termoelétrica vem a energia. O inteligente não está nem um pouco interessado
nisso, quer apenas resolver o problema. O intelectual quer resolver,
compreender, aprimorar o processo e muito provável, multiplicar esse
conhecimento.
O inteligente leu dois ou
três textos ou viu alguém fazendo e conseguirá repetir. O intelectual não é tão
conformado assim, ele vai buscar comprovações, testes, estatísticas, provas,
congressos, seminários, comprará sete livros de sete autores diferentes e
escreverá uma dissertação de cento e cinquenta páginas para explicar porque
quando misturamos azul e amarelo fica verde.
O inteligente conseguirá
comunicar-se com as pessoas de todas as classes, do mais pobre ao mais rico, o
intelectual tenderá a se tornar uma ilha. O inteligente desenvolve o diálogo
coloquial para os comuns, formal e até técnico se preciso for, depende da
situação. O intelectual tem desinteresse pelo “papo coloquial”, afinal, são
tantos diplomas, centenas de livros lidos, milhares de horas de estudo, como
assim escrever “vc” e “pq” numa mensagem? Ou falar “e ai mano, beleza?!”
Por fim, o mundo precisa
dos intelectuais e nós temos a capacidade primordial para isso, a inteligência,
não resta apenas ser, precisamos desenvolver e quem sabe consigamos refutar
essa tese: todo intelectual é chato e solitário.
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