Quando o meu lado perde

Eu poderia tentar certa distração e não escrever sobre o que aconteceu ontem, a vitória do candidato Bolsonaro. Entretanto, faço parte da nação e como seria se cada brasileiro tivesse um blog? As mídias sociais serviram para revolucionar, milhões de brasileiros expressaram suas intenções, suas ideias, infelizmente, também trocaram muitas ofensas. Muitos tomaram para si as ideologias políticas do partido escolhido, formando assim o maior “campo de batalhas” teóricas que o Brasil já viu, a prática iniciará no dia 1 de Janeiro de 2019.

Quero comentar alguns pontos importantes nessa ruptura social que está acontecendo, não pela escolha do presidente, mas quando nós perdemos um debate. Quando sofremos uma derrota na opinião acontecem reações negativas comuns, para ser bem claro, quando o seu candidato não vence, o voto do outro não prestou, o seu sempre estará certo.

O Desprezo pela escolha alheia está bem explícito, as pessoas que pregavam tolerância e democracia, agora criticam e condenam uma escolha feita pela maioria. Alguns dizem até que vão desfazer amizades ou mudar-se do Brasil, espera um pouco, quer dizer então que nos últimos 30 anos estava tudo perfeito, as mil maravilhas, só agora você quer ir embora?

As coisas nem sempre são o que parecem, essa é uma verdade eterna, ainda mais quando se fala de política. Basta lembrar dos pleitos anteriores, uma vez elegemos a “salvação” e na verdade era perdição. Em outros casos a salvação veio de onde ninguém esperava. Assim, muitos estão proclamando uma resistência antecipada a algo que ainda nem existe, seria isso sensato?

Alguém já disse que “a maior aprendizagem vem pelo erro”, quantas vezes erramos como eleitores? Várias. Aprendemos? Não sei afirmar isso coletivamente, creio que cada um precisa fazer sua própria análise. O que ficou bem claro no resultado dessa eleição, é que o povo escolheu o outro lado, se isso foi acertado ou não, logo saberemos.

Finalmente, não deixe que a escolha do outro faça você desistir da sua. Fazer uma escolha seja ela política ou não, leva em consideração uma quantidade enorme de fatores, que vai desde a sua classe social, educação, religião, sexualidade, região em que habita, etc. Um princípio comum é o ideal, ou seja, aquilo que te faz acreditar que seja a melhor escolha. Para alguns é um ganho pessoal, para outros, o engajamento numa luta pelos direitos da minoria. Lute por aquilo que você acredita, independente da escolha do outro.