Em 2008 o filme, “Onde os fracos NÃO têm vez”,
foi indicado a oito Oscars e ganhou quatro, melhor filme, melhor direção,
melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Javier Bardem, que
merece destaque com uma daquelas atuações antológicas do cinema, pode até
esquecer o nome do filme, mas vai lembrar daquele “matador frio com arma de ar
comprimido”. Apesar de ser um filme de dez anos atrás, não vou soltar spoilers,
apenas dizer que retrata um “combate” entre a “fraqueza” e a “esperteza”
na tomada de decisões.
A Agência de Notícias do IBGE publicou hoje
mais um resultado da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
“Obtém
informações anuais sobre características demográficas e socioeconômicas da
população, como sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, e características
dos domicílios, e, com periodicidade variável, informações sobre migração,
fecundidade, nupcialidade, entre outras, tendo como unidade de coleta os
domicílios. Temas específicos abrangendo aspectos demográficos, sociais e
econômicos também são investigados”.
Veja toda a matéria AQUI.
O que chamou a minha atenção foi o contingente de DESALENTADOS, “as pessoas que
estão desempregadas e desistiram de procurar empregos” (IBGE). Para a minha
surpresa, o Maranhão é o que tem maior taxa percentual (16,6%), dentro da força
de trabalho e também, a menor porcentagem de trabalhadores com carteira
assinada (51,1%), de todo o Brasil, ou seja, metade dos trabalhadores do
estado. Isso é assustador! Será aqui a terra onde os fracos têm sua vez?
O desalentado é aquele jovem no inicio de
carreira ou o muito idoso, ambos não conseguem trabalho e simplesmente,
DESISTEM, vou repetir, DESISTEM de procurar. São aquelas pessoas que saem
diariamente para entregar currículos e por algum motivo não são chamadas e
desacreditam, perdem a esperança. São pessoas que acreditam que “a crise está
grande” e outras notícias fatídicas e desanimadoras. Inúmeros fatores
influenciam esse grupo, que faz parte da força de trabalho maranhense.
Muitas dessas pessoas tiram o sustento do
trabalho informal e autônomo, mas como causar uma influência positiva para um
grupo que não acredita mais no sistema político econômico, e pior, não acredita
em si mesmo? O que causou tanta desesperança? É possível reverter esse quadro?
Nenhum comentário:
Postar um comentário