quarta-feira, 14 de novembro de 2018

ONDE os FRACOS Têm Sua VEZ


Em 2008 o filme, “Onde os fracos NÃO têm vez”, foi indicado a oito Oscars e ganhou quatro, melhor filme, melhor direção, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Javier Bardem, que merece destaque com uma daquelas atuações antológicas do cinema, pode até esquecer o nome do filme, mas vai lembrar daquele “matador frio com arma de ar comprimido”. Apesar de ser um filme de dez anos atrás, não vou soltar spoilers, apenas dizer que retrata um “combate” entre a “fraqueza” e a “esperteza” na tomada de decisões.

A Agência de Notícias do IBGE publicou hoje mais um resultado da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
“Obtém informações anuais sobre características demográficas e socioeconômicas da população, como sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, e características dos domicílios, e, com periodicidade variável, informações sobre migração, fecundidade, nupcialidade, entre outras, tendo como unidade de coleta os domicílios. Temas específicos abrangendo aspectos demográficos, sociais e econômicos também são investigados”.

Veja toda a matéria AQUI. O que chamou a minha atenção foi o contingente de DESALENTADOS, “as pessoas que estão desempregadas e desistiram de procurar empregos” (IBGE). Para a minha surpresa, o Maranhão é o que tem maior taxa percentual (16,6%), dentro da força de trabalho e também, a menor porcentagem de trabalhadores com carteira assinada (51,1%), de todo o Brasil, ou seja, metade dos trabalhadores do estado. Isso é assustador! Será aqui a terra onde os fracos têm sua vez?

O desalentado é aquele jovem no inicio de carreira ou o muito idoso, ambos não conseguem trabalho e simplesmente, DESISTEM, vou repetir, DESISTEM de procurar. São aquelas pessoas que saem diariamente para entregar currículos e por algum motivo não são chamadas e desacreditam, perdem a esperança. São pessoas que acreditam que “a crise está grande” e outras notícias fatídicas e desanimadoras. Inúmeros fatores influenciam esse grupo, que faz parte da força de trabalho maranhense.

Muitas dessas pessoas tiram o sustento do trabalho informal e autônomo, mas como causar uma influência positiva para um grupo que não acredita mais no sistema político econômico, e pior, não acredita em si mesmo? O que causou tanta desesperança? É possível reverter esse quadro?

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